segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O Memorial ao 11 de setembro


O memorial em homenagem as vítimas do atentado do dia 11 de setembro de 2001 no local onde estava o maior símbolo do centro financeiro de Nova York, o World Trade Center, onde estão gravados os nomes dos que morreram neste dia em que o orgulho dos EUA foi ferido. No mesmo memorial desde uma água corrente como se fosse uma cascata ao fundo sem fim do monumento com a idéia de eternidade na lembrança dos que ficaram naquele local e a água certamente purificando todos que pereceram.
Repensar o acontecimento e suas reais intenções por parte dos terroristas requer um debate longo, provavelmente infrutífero, para explicar o qe aconteceu neste dia. Como uma potência tão "segura" em seu próprio território deixou acontecer tamanho atentado? Muitos observam a sensibilidade da tragédia no World Trade Center, mas o mais espetacular deste dia foi o choque do outro avião no Pentágono em Washington causando danos na construção. Seria talvez o espaço aéreo mais seguro e vigiado dos EUA, estratégico, onde abriga o Departamento de Defesa dos EUA. Surrealismo? Incompetência? Ou os conceitos do governo dos EUA de segurança eram cheio de "buracos" em que uma organização terrorista ou um fanático qualquer poderia arquitetar seu objetivo? De uma coisa é certa, os EUA não são mais os mesmos depois deste fatídico 11 de setembro e da desastrosa/longa guerra no deserto (Iraque e Afeganistão).
O Mundo mudou após o atentado. Novos mercados estão surgindo e a China cada vez mais estabelecendo seu espaço na África, Ásia e América do Sul. A hegemonia dos EUA se vê obrigada a uma discussão mais aberta diante de blocos importantes de decisão como a União Européia e a BRICS. Tudo parece cíclico. A História viu potências cairem e outras surgirem. A Jihad (Guerra Santa) que tanto vemos na televisão, outrora surgiu com as Cruzadas na Idade Média. Hoje, basta clicar na net que conhecemos o mundo e seus mistérios. Para onde vamos chegar, não sabemos. Mas sabemos que estamos seguindo em frente.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Algumas fotografias do séc. XIX no Brasil

Missa de Ação de Graças em celebração da Abolição dos escravos no Brasil

Prisineiros do Arraial de Canudos


Cadáveres da Guerra do Paraguai


Escravidão








domingo, 4 de setembro de 2011

O filósofo e epistemólogo Michel Foucault, comenta em Vigiar e Punir que o soldado do século XVII se descrevia como alguém que se reconhece de longe com os sinais naturais de vigor, coragem, orgulho, honra e seu corpo é o brasão de sua força e de sua valentia, aprendendo aos poucos o ofício das armas; e no século XVIII o soldado tornou-se algo que se fabrica, um corpo inapto, corrigindo aos poucos as posturas, lentamente uma coação calculada de cada parte do corpo, tornando-se um corpo disponível. Os anos dos setecentos, o soldado é o objeto dos esquemas de docilidade segundo Foucault que diz que as disciplinas são métodos que controlam minuciosamente as atividades do corpo, realizando a sujeição constante de suas forças e lhes impondo uma relação de docilidade-utilidade. O corpo humano nasce, através da disciplina, uma nova relação mais obediente, formando-se uma política da coerção que é o trabalho sobre o corpo como uma manipulação calculada dos comportamentos do indivíduo. E ainda, disciplina fabricaria corpos submissos e exercitados, corpos “dóceis” sujeito ao poder político. Logo o domínio que os métodos disciplinares, não só nos quartéis, mas também em outras instituições, através da coerção num determinado grupo específico como as forças militares, faria objetivar o corpo construído pelas regras que modelam o soldado ideal, coeso e “dócil” para obedecer.

A disciplina militar não só em suas regulações dos séculos XVII e XVIII, mas esteve bem determinada nas forças de Alexandre Magno pela Grécia e também pelo Império Romano. Foi a ordem militar rígida um dos sucessos nas grandes conquistas militares com coesão e um exército bem disciplinado. O soldado que faltasse com esta ordem seria severamente castigado em frente a tropa. Mas lógico que o soldado "dócil" para o seu superior não deixou de se insurgir contra os severos castigos aplicados nos quartéis, motivando atos de insubordinações como por exemplo a deserção que seria uma forma de resistência aos mecanismos de coerção militar. É interessante uma pesquisa mais específica sobre os meios de coerção e indisciplinas nas forças militares, trabalhar as suas motivações e a natureza das insubordinações.

Será o capitulo que brevemente estarei terminando em minha pesquisa sobre o cotidiano na Guerra do Paraguai.
Até...