domingo, 6 de novembro de 2011

O IMPRESSIONISMO (EUROPA E BRASIL)
O Impressionismo foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX. Os impressionistas buscavam observar os diversos efeitos da luz solar sobre os objetos e registrando as variações das cores na tela. Principais artistas europeus: Claude Monet, Edgar Degas, Pierre-Auguste Renoir, Paul Cézanne, dentre outros.
Principais características:
A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol;
As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens;
As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado;
Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos;
As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. A mistura deixa de ser técnica e passa parar óptica.
A primeira vez que o público teve contato com a obra dos impressionistas foi numa exposição coletiva realizada em Paris, em abril de 1874. Mas o público e a crítica reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis aos princípios acadêmicos da pintura. Este movimento tem como obra inicial a tela “Impressão, nascer do sol” (1872) de Claude Monet.
No Brasil, ecos do impressionismo podem ser encontrados nas obras de, Belmiro de Almeida (1858-1935), Almeida Júnior (1850-1899), Eliseu Visconti (1866-1944) e Antônio Parreiras (1860-1937). O clareamento da paleta, a atenção aos efeitos produzidos pelas diferentes atmosferas luminosas, a incorporação de temas simples e afastados da técnica acadêmica, o uso de pinceladas fragmentadas e descontínuas são incorporados aos poucos pelos artistas brasileiros. No entanto, o acanhamento do ambiente artístico, a resistência do público e das instituições às novas tendências estéticas e as limitações impostas pela Academia de Imperial de belas Artes no ensino por ela ministrado e nas orientações que imprime ao estudo de brasileiros no exterior - dificultam um diálogo mais fecundo entre as investigações introduzidas pelos impressionistas e a arte realizada pelos pintores nacionais, que muitas vezes não vão além de uma incorporação superficial das técnicas impressionistas, adaptando-as a um olhar ainda comprometido com os padrões acadêmicos.
Mas é através de Eliseu Visconti que o Impressionismo no Brasil será bem representado. Nascido na Itália, veio para o Brasil com 1 ano de idade. Visconti não se preocupa mais em imitar os modelos clássicos de pintura e registra os efeitos da luz solar nos objetos e seres humanos. Teve como grande realização trabalhos na decoração do teatro Municipal do Rio de Janeiro como o Pano de Boca (espécie de cortina) e o teto do teatro.